domingo, 1 de maio de 2011

Fanfic Sighs

   NO COMEÇO

Palácio de Versalhes
1682


  Suas assas batiam como plumas jogadas ao vento. Por um momento Daniel imaginou se elas ainda o agüentariam. Mas a dor em seu peito era maior que qualquer preocupação. Agora ele enfrentaria um nevoeiro.

Luce estava Sozinha pensou ele. Quanto mais ele se afastava mais doía aquele sentimento, o segredo não podia ser revelado. Seria muito Pior. Mas a verdade é que todas às vezes a mesma coisa acontecia, não importava o quanto distante ele se mantivera, ela sempre o amaria, sempre.

  Destinados a se apaixonar e a não viver esse sonho. Sempre foi. E sempre será. É como encontrar a colméia espantar as abelhas e quando finalmente vai provar o mel, a abelha vem e o picam. E a dor é mais profunda do que tudo. Do que qualquer picada de Abelha.
E tudo vai se acalmar pensou Daniel. Mas depois começa tudo de novo.

  Da onde Daniel estava era possível ver a cidade Vazia. O Rei seria coroado no palácio de Versalhes. Luce estava muito entusiasmada, mas não podia ir, tinha sido proibida por sua madrasta. Se ele bem a conhecia, ela estaria a sua espera, ou triste chorando em seu castelo com as portas trancadas e de luto.
  Então ele parou. E pensou.

 Só a Imagem em sua mente, fez os pelos de sua nuca se arrepiar. Virou-se para direção oposta. Agora suas asas voavam cada vez mais depressa. Alguns fios de cabelo caíram sobre seus olhos. E seus olhos estavam do mais puro Violeta.

*


As lagrimas que brotavam em seu rosto eram imperceptíveis. Sua face estava enterrada sobre as palmas de suas mãos. A escuridão onde torna a cascata escura que era seu cabelo faz sua palidez cintilar aos olhos de quem o visse. Seu vestido era longo e preto e evidenciava as curvas de sua cintura, o caimento armado a deixava com um ar de superioridade e elegância.
O cenário a sua volta se transformara as paredes de seu quarto já não eram mais creme. - A escuridão voltara como se nunca tivesse partido. - Agora parecia uma floresta negra absorvendo Luce, puxando-a para a tristeza ao seu redor.
Luce estava como a sobrevivência do luar em meio a Escuridão.

 Um estalo de esperança cresceu em seu peito. Um suspiro. E tudo vai se acalmar parecia que ela ouvia Daniel dizer a ela novamente. Luce sentia como se jamais pudesse se desconectar dele, apesar de longe. Apesar de ele negar qualquer vestígio que seja de romance. Ela sabia que não eram apenas bons amigos.

Um som fez com que ela se surpreendesse.  Eram as asas de Daniel dando impulso a seu corpo. Ela não sabia o que era, mas já havia se familiarizado com o som. O choro cessou imediatamente, suas lagrimas pareciam ter se desintegrado com as ondas sonoras que o som produzia.

 Da Janela de seu quarto ela podia ver a praça movimentada da cidade que agora estava deserta, Luce sabia onde todos estavam, onde Daniel também deveria estar. Mas não estava.
    Por que aquele som soou familiar. Luce quase não acreditou. Não podia ser... Pensou ela. Devia estar imaginando – pensou.
 Mas era o mesmo som, o mesmo som que ela ouvira todas as vezes que Daniel escalara seu Castelo – escondido - e subia até seu quarto para conversar com ela. Eles passavam horas conversando. Ele era a única esperança que ela tinha.
Luce correu até a janela arrastando seu longo vestido pelo chão.Logo avistou Daniel – e no mesmo instante quase desmaiou de felicidade.
Ele escalava seu castelo de mais ou menos dez metros.Suas mãos tocando a parede gelada pareciam fortes e determinadas, mas ele não parecia cansado, apenas preciso, e a cada minuto que passara ele estava mais próximo.
Uma onda de aventura invadiu Luce instantaneamente. Um misto de emoções a dominou. Logo após a felicidade eminente. Ela achou estranho. Depois confuso. Depois ficou feliz novamente.
 A maquiagem escura de seus olhos estava intacta. Mas Daniel perceberia qualquer diferença que fosse em seus olhos mesmo sem estar transparente. Mesmo que luce não soubesse. Na verdade ela nunca entendeu ao certo, - o que aconteceu nos dias que ela o encontrou - mas ela sabia de alguma forma que ela o amava e era isso que importava, apesar de não ter certeza dos sentimentos de Daniel.
Talvez fosse pra não saber pensou ela. Talvez fosse uma verdade que poderia matá-la. E era mesmo, e Daniel sabia ainda mais disso. E isso o machucava como se cada minúscula partícula de água que caia sobre seu corpo fosse um raio que o perfurava, mas ele queria a ver feliz mesmo com as conseqüências.

 Por fim Daniel pulou a Janela de seu quarto e parou na sua frente com seus olhos agora cinzas fixados nos dela. Era como se aquilo devesse a perturbar, mas não perturbava, não muito, e não do jeito que devia.

 Alguns segundos se passaram até que a magia do encontro os deixassem seguir. Luce não pode evitar sorrir quando o viu de corpo completo. – ela se lembrou de que além de um cavalheiro ele também é lindo.  Daniel parecia preocupado, mas por dentro ele sentia como se o sorriso dela curasse todas as suas feridas.

 - Luce você está bem? – perguntou Daniel com certo tom de preocupação que a fez achá-lo mais perfeito ainda. Afinal qualquer coisa que ele dissesse a levaria a esse pensamento, só pelo fato de ele estar ali.
- Sim – disse Luce com as mãos entrelaçadas uma na outra. – estou melhor agora.

 Daniel observou seu vestido, e a admirou mais ainda. Não era comum as moças usarem preto. Principalmente em bailes de coroação a reis. Mas Luce sempre foi do estilo inconformado, sempre buscava uma solução diferente para seus problemas.

  Ela possivelmente não o esperava de toda certeza ali. – Portanto não havia se arrumado para ir ao baile. Mas sim se arrumado de acordo com os seus sentimentos. Então talvez ele devesse deixar ela se trocar, por que poderiam falar dela... Mas ela ficava tão linda de preto pensou Daniel. E Luce não se importa com o que falam dela ele argumentou consigo mesmo.

No último encontro deles Daniel decidiu que nunca mais voltaria. Daqui a pouco poderia acontecer tudo de novo, por um instante ele voltou seus pensamentos aos minutos que atrás onde ele esteve pensando em meio as nuvens.

 - Você está aqui – disse ela repentinamente, e com um ar de inocência que desolava Daniel e mesmo tempo o fazia querer toma-la nos braços e nunca mais soltá-la.
- Sim.
- o que veio fazer aqui?- ela perguntou olhando para pluma que se encontrava no ombro direito de Daniel. Ela lhe lançou um olhar desconfiado, até um pouco assustado e ao mesmo tempo um sorriso minúsculo tornou seus lábios.

- eu vim busca-la para irmos ao baile. - por um instante ele pensou se não seria melhor eles ficarem ali mesmo, e ficarem apenas juntos. Egoísmo? Talvez... A verdade é que Daniel não queria dividi-la com ninguém. Mas seria mais difícil ainda se controlar estando sozinho com ela.

- você esta aqui. – disse ela como se a ficha ainda não estivesse caído ainda. – Eu achei que você não viria.

Daniel desejou poder falar que só não estava ali, como também a amava muito. Tanto que chegava a doer. - Um pássaro que passava pela janela entrou no quarto e pousou no ombro de Daniel. O pássaro era branco e pequeno. Ele não pareceu se incomodar -Mas ele não disse. Ele sabia dos riscos que isso ocasionaria.  Ao invés disso ele apenas disse em tom suave sem olha-la muito nos olhos.

- Sim estou. Achei que sua madrasta a proibiria de ir ao baile. – era cada vez mais difícil não olhar pra ela, ele ariscou um olhar meio por cima – E eu sei o quanto esse baile é importante pra você. – sua tentativa foi de sucesso, até ela responder.

- Só isso? – Disse ela quase tirando todo o ar que Daniel respirava com sua pergunta rápida. Não que Daniel precisasse do ar.

- o que mais você queria que eu dissesse? – disse ele lutando contra seus sentimentos pensamentos e palavras. Um suspiro, um suspiro era tudo que ambos precisavam para deixar de lado essa conversa e se entregarem de vez a esse amor.

Que me ama. Que todo esse tempo você vem aqui todas as noites só por que me ama, e não por que tem pena de mim.
Mas ela só disse tirando uma coragem escondida em uma entrada subterrânea de seu peito.

- nada.
 Aquela palavra fez sua face arder e ela sentiu cada veia que havia em seu rosto. Ela fechou os olhos. – e era inevitável deixar que as lagrimas caíssem.
 - Acho melhor nós irmos. – Disse ela ainda com os olhos fechados e com um sorriso. Agora a dúvida sobre o amor que ele sentia por ela plainava sobre sua cabeça. Pelo menos você está aqui, pensou ela. Luce não sabia, mas era essa dúvida que ainda a deixava viva. Daniel se sentiu aliviado por isso.

*


 Eles estavam em frente ao palácio de Versalhes quando uma trovoada atingiu o nada no céu. Luce estremeceu. Ela estava em baixo de uma árvore a alguns metros da frente do palácio esperando Daniel voltar. Ele estava falando com os guardas para poderem entrar no palácio, mas não conseguiu nada. Então voltou triste ao encontro com Luce.

- Lamento, mas nós não podemos entrar. – disse ele com a cabeça pendida um pouco para Direita. – mas nós podemos conversar... - e ele já havia preparado mais uma dúzia de argumentos até que ela passou a mão por seu pescoço arrumando sua cabeça. Ele se calou. O toque de sua pele o queimava. De um jeito bom.
Luce se levantou e caminhou em direção ao lago - que ficava bem a frente do castelo e de costas ao banco onde eles estavam sentados – deixando Daniel sentado olhando pra ela. Ela admirava o lago como se fosse a primeira vez que o fizesse. As lagrimas continuavam brotando em seus olhos.

- Luce – começou Daniel percebendo algo de errado com ela. - Ontem à noite eu havia decidido ir embora daqui, mas então... – ela o encarou. Ele olhou para ela. Aqueles olhos castanhos, ele nunca os esqueceria.  Ele já havia presenciado aqueles olhos brilhantes, raivosos, tristes, mas nunca tanto esperançosos e famintos por amor. Amor era só o que ela queria.

 - então...? – seus olhos continuavam atônitos e famintos, como os de um vampiro a procura de sangue. – Por que não foi?

Nesse instante, a música tomou conta. Não era a música do palácio. Era a música que vinha por conta dos pensamentos de Daniel. Ele simplesmente não conseguiu conter seus pensamentos. Ele queria pega-la nos braços e abraça-la para nunca mais deixa-la ir. Seria possível isso? Era pedir demais?
 Mas agora já era tarde demais. As arvores começaram a se mexer, os brinquedos do parque começaram a girar os pássaros a cantar, e quando eles se deram conta já estavam um de frente pro outro e estavam dançando ao som da natureza e também ao passar de urubus sobrevoando sobre suas cabeças. Como se fosse o último dia de suas vidas. Luce encostou a cabeça no ombro de Daniel.
 Pingos gelados pairavam sobre sua nuca. Seus corpos se balançavam lentamente. Ela se inclinou um pouco e percebeu que estava chovendo. Seriam as lagrima Deus?
 Por fim, totalmente despojada nos braços de Daniel ela sussurrou, embora soubesse que Daniel já sabia o que ela ia dizer.
 - Eu te amo – ela sussurrou.

Uma pluma caio sobre suas cabeças.

- Eu te amo. – Daniel Sussurrou. Ela levantou a cabeça ficou frente a frente com ele. Mas estão aconteceu. Seu olhar seguiu logo acima do pinheiro que o chamava. Ela suspirou. E então não havia mais nada.

Obs.: Pessoas eu só vou continuar a escrever caso aja comentarios , com criticas ou elogios, caso aja eu continuo com o maior prazer...
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7 comentários:

  1. Amei Desa!!Muito linda a fanfic, sem contar q mata a saudade de Fallen (Passion vai demorar taanto pra sair)!Bjs!

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  2. ficou perfeita pelo amor de Deus continua postando, nós precisamos...

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  3. nossa que lindoo! ameii, perfeitoo!
    chorei aqui...

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  4. Muito lindo! Por favor continue a escrever, se não não vou sobreviver até o lançamento de Passion

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  5. Obrigada pelo carinho Meninas!
    Então semana que vem tem mais...esse foi o Prologo. Bjs, amo vocês!

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  6. Então pode continuar Desa! Ta perfeito!!! Parabéns, ficou realmente muito bom. Estou anciosa por mais de Fanfic... *-*
    Bjusss!!!

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  7. Adoreii!
    Eu amoo ler fanfics das minhas séries favoritas,Harry Potter, Crepusculo e agoraa finalmente(graças a você!) a que eu mais amoo Fallen!
    Acheii a sua idéia genial!Continua a postar por que está supeer demais!

    Beiijos <3

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